Miriam Leitão>> Movimento Xingu: exigências mais importantes não foram cumpridas

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O Movimento Xingu Vivo para Sempre, contrário à construção da usina de Belo Monte, disse ao blog que as condicionantes mais importantes estabelecidas pelo Ibama para a concessão da licença de instalação – eram 40 na licença prévia – não foram cumpridas. (O Globo, 01.06.2011)
Hoje, como publicamos mais cedo, o orgão autorizou a construção da hidrelétrica no rio Xingu.

– As exigências mais importantes que têm a ver com a preparação da região para receber a obra não foram cumpridas. Antes da instalação do canteiro, tinham que ter feito obras de saneamento; mas nem as que seriam realizadas em Belo Monte e Belo Monte do Pontal, mais rápidas, foram iniciadas. Em Altamira, relatório do próprio Ibama dizia que essas obras demorariam seis anos.
Cumpriram as mais fáceis, como a assinatura de termos de cooperação entre prefeituras e a empresa Norte Energia, mas não as centrais – disse Renata Pinheiro, assessora técnica do Movimento Xingu Vivo para Sempre, que reúne organizações e movimentos sociais e ambientalistas da região de Altamira.

Em entrevista coletiva hoje à tarde, o Ibama informou, no entanto, que cumpriu as 40 condicionantes iniciais, mas que “não necessariamente as 40 deixaram de existir”, porque algumas delas seriam cumpridas ao longo da operação e não seriam exigidas nesse momento.

A representante do Movimento Xingu Vivo para Sempre criticou ainda o trecho da nota do Ibama que diz que o “licenciamento foi marcado por uma robusta análise técnica e resultou na incorporação de ganhos socioambientais”. Segundo Pinheiro, as vistorias do Ibama na região eram feitas em companhia de representantes do consórcio e as análises realizadas com base em relatórios produzidos pela empresa.

– Que visão imparcial é essa que tem o Ibama? Também apresentamos dados técnicos, mas eles são ignorados. O órgão fazia vistoria com base no que a Norte Energia, a maior interessada, apresentava. Todo o processo foi na base do atropelo – afirmou.

Comments (2)

Sou mato-grossense e possuo fundas raízes no estado do Pará, sou estudante e estou me preparando para o vestibular, em busca de atualidades sobre a Amazônia, questões ambientais, e sociais encontrei a polêmica sobre a hidrelétrica de Belo Monte. Me torno aqui parceira desta causa, com opiniões formadas sobre o erro que o Brasil esta cometendo em liberar a construção desta catástrofe.
O Brasil não pode mais se dar o luxo de errar como errou em Balbina, não pode deixar passar erros evidentes, não pode se importar apenas com as questões econômicas, podemos muito bem investir em energias limpas provindas do sol e do vento, podemos não produzir energia nuclear, podemos escolher, mais não o fazemos.
ATÉ QUANDO VAMOS FICAR CALADOS VENDO O PODER PUBLICO DESTRUIR O NOSSO PAIS ?

Concordo com o que a Renata disse. É triste ver Belo Monte avançando.

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