Uma série de protestos de trabalhadores do Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM), responsável pelas obras da hidrelétrica, que iniciaram na noite da última sexta, 9, e se estenderam até a noite de domingo, destruiu instalações e equipamentos dos canteiros de Belo monte e Pimental e inviabilizou a continuidade dos trabalhos nesta segunda, 12.
A rebelião de sexta, que ateou fogo em cinco galpões do sitio Belo monte, se estendeu para o sitio Pimental no sábado, atingindo equipamentos e instalações, retornando a Belo Monte na noite de domingo com mais incêndios nos alojamentos. Segundo nota do CCBM, foram destruídas instalações de refeitórios, alojamentos, áreas de lazer, escritórios e oficinas.
Nesta segunda, manifestantes ainda bloquearam a Rodovia Transamazônica, ateando fogo em um ônibus e impedindo o acesso aos canteiros de obras e a retirada dos funcionários.
Apesar de ter anunciado, no final de semana, que os trabalhos seriam retomados na segunda sob pena de demissão sumária, o CCBM acabou forçado a paralisar as obras em todos os canteiros (Belo Monte, Canais e Diques e Pimental). De acordo com lideranças dos trabalhadores, muitos dos operários que moram fora de Altamira estão sendo mandados para casa por tempo indeterminado.
“Estamos em greve. É uma greve da base, já que não há acordo com o sindicato. E é claro que, depois dos protestos, não há condição alguma de retomada dos trabalhos. Mas acreditamos que a iniciativa de mandar os operários pra casa é uma forma de tentar enfraquecer o movimento grevista. O que garantimos que não vai acontecer!”, explica um trabalhador.
Segundo os trabalhadores, não houve avanço na negociação das reivindicações trabalhistas, como aumento salarial acima dos 11% oferecidos, equiparação salarial entre os canteiros de obras, e mudança de regras da baixada (folga para visitar as famílias)
Veja fotos do sitio Belo monte após protesto deste domingo
Espero que não haja a retomada dos trabaçhadores. Deus não permita que essa obra continue.
EU VI UMA REPORTAGEM ONDE DIZIA QUEIMA BELO MONTE ADOREI
TEM QUE SER ASSIM METE FOGO QUE O POVO ACORDA
APROVEITA E DA DESCANSO AOS SEUS FUCIONARIOS TRABALHAR SOBRE PRESSAO DA NISSO CHEGOU A HORA DE TODOS REVOLTAREM QUERO VER
e isso ai companherada os patroes querem nos escravisar. isso nao pode acontecer se for nessessario a gente quebrar,queimar para que as autoridades percebam a nossa indiguinaçao assim sera. o salario do pedreiro ja foi de 3 salario minimo augun tempo atras e oje so querem 1.5 e o ajudanteera de dois so querem pagar um e depois dizem que a escravidao acabou em rondonia fizemos o mesmo e agora temos participaçao nos lucros cesta bazica plano de saude baixada de 90 dias com 9 dias de folga e tudo pago pela empresa representaçao do sindicato no canteiro salarios com reajuste de quase 70% EM 4 anos e se nao respeita o bicho pega!
espero que pare agora este monstro e eu aqui vou continuar torcendo juntamente com espirito santo que faça valer os direitos deste povo
Isso mesmo… Infelizmente nesse país só somos ouvidos na base de protestos…
Comissão da CSP-Conlutas vai a Belo Monte defender a libertação de operários presos em conflito trabalhista
19/11/2012
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Uma comissão de representantes da CSP-Conlutas vai a Altamira visitar e defender a libertação dos operários presos no conflito trabalhista ocorrido no canteiro das obras da Usina de Belo Monte. A comissão chega a Altamira nessa terça-feira, 20, com uma formação de pelo menos dois sindicalistas, uma advogada e o vereador eleito pelo PSTU em Belém, Cléber Rabelo.
Segundo o membro da Secretaria Executiva da CSP-Conlutas Atnágoras Lopes, o motivo da visita é “colocar a central na defesa da libertação dos operários presos, apoiar a luta e as reivindicações dos trabalhadores e denunciar a criminalização dos movimentos sociais que se intensifica, também, nas obras do PAC”.
Em plena data-base e sem informações sobre o andamento das negociações, os trabalhadores iniciaram uma revolta que começou na sexta-feira, 9 de novembro, e teve como consequência quatro galpões de materiais elétricos destruídos. Segundo os operários dos canteiros de obras de Altamira, a imprensa tentou abafar o ocorrido e apenas em uma radio local, pela madrugada, o episódio foi divulgado.
A explosão da greve começou quando o sindicato (SINTEPAV-PA) visitou, no sábado, 10 de novembro, o canteiro de “Belo Monte” e “Canais” defendendo como “justa” a proposta do CCBM (Consórcio Construtor Belo Monte), que oferecia um reajuste de 11% para a primeira faixa salarial, 6% para segunda e 4% para as últimas. Um clima de insatisfação tomou conta dos operários e quando o sindicato chegou ao “Pimental”, os operários já sabiam da proposta e revoltaram-se frente à postura da entidade.
A proposta apresentada pelo CCBM, defendida pelo sindicato, também não atendia a reivindicação referente à “baixada” (folga para visitar as famílias). Os operários querem uma folga a cada 90 dias de trabalho e de não de seis meses como foi oferecido.
Segundo notícias divulgadas na imprensa, tão logo o SINTEPAV-PA chegou ao “Sitio Pimental” defendendo a proposta, os operários se revoltaram e uma sequência de atos violentos foram desencadeados durante o conflito. Cinco operários foram presos.
Conforme publicou a Agência Brasil, a Superintendência da Polícia Civil de Altamira trabalha com a hipótese de que os cinco operários presos são ligados à “CSP-Conlutas” – mas não há provas de que a Central premeditou a ação. O membro da CSP-Conlutas Atnágoras afirma que os operários não tem ligação com a entidade sindical, mas diante da prisão a Central lutará pela libertação desses trabalhadores.
“Não podemos aceitar que todas as vezes que os operários se mobilizam por melhores condições de trabalho e de salários, ao final, só sobre para a gente, a criminalização do movimento. É prisão, é demissão, é tropa da Polícia Militar, da Força Nacional de Segurança. Chega! Essa é uma questão trabalhista, estamos ao lado da luta desses operários, por isso vamos à Altamira, não vamos nos esconder”, afirma o dirigente da CSP-Conlutas.
A Central vai exigir do governo Dilma Rousseff que intervenha e assuma sua responsabilidade diante desse caos que se impõe a vida de quem trabalha nessas grandes obras.
O vereador eleito em Belém Cléber Rabelo, operário da construção civil, disse os cinco trabalhadores foram presos pela Polícia Militar a mando dos empreiteiros. “Também há denúncias, ainda não confirmadas oficialmente, de que tem ocorrido mortes em função das péssimas condições de segurança no trabalho desde o início das obras”, disse.
Rabelo diz que os trabalhadores de Belo Monte não são vândalos e estão lutando por direitos. “Esses operários são seres humanos corajosos, que mesmo com a traição e a falta de democracia de sua entidade sindical, são capazes de se organizar para lutar e paralisar um monstro que está acabando com suas vidas, mesmo contra a vontade de sua representação sindical”, conclui.
Todo apoio à luta dos operários de Belo Monte;
Não à criminalização dos movimentos social;
Liberdade aos operários presos.
Pra onde vai todo esse povo depois dessa Hidroelétrica pronta destruindo tudo?? TEM QUE BOTAR FOGO E DESTRUIR JÁ QUE A DILMA NÃO FAZ NADA!!!
Cara, são 20 mil pessoas que vão ficar sem ter onde morar, e ainda tendo impacto na pesca que é atividade econômica e subsistência deles.
Eles foram os primeiros a pisarem lá, simplesmente jogar as vidas a Deus dará… injustiça.