Nota de solidariedade ao povo Munduruku

WE BUILD CONNECTIONS WITH ORGANIZATIONS AND COOPERATE WITH SMART PEOPLE ALL OVER THE WORLD

O Movimento Xingu Vivo para Sempre quer expressar sua solidariedade ao povo Munduruku, sua indignação contra o cotidiano de violência a que são submetidos os povos da Amazônia por esse governo genocida, e reforçar nossa disposição para a luta.

Há semanas as mulheres Munduruku do movimento Wakoborun, o Movimento IperegAyu e diversas associações do povo cobram das autoridades proteção àqueles que defendem o território e denunciam a destruição causada pelo garimpo no alto Tapajós.

No dia de hoje, 25 de março, a sede coletiva de diversas organizações Munduruku foi atacada e depredada por outros indígenas, instigados pelos garimpeiros e seus financiadores.

Esse ato revela o fracasso do próprio discurso garimpeiro, que é o de melhorar a vida dos Munduruku. As doenças provocadas pelo garimpo e a pobreza a que estão submetidas aldeias inteiras mostram que o projeto garimpeiro, que é o projeto genocida do governo Bolsonaro, está arrastando um povo guerreiro para a lama dos rejeitos de garimpo, humilhando os filhos de Karosakaibu.

Estamos indignados com o fato de que, apesar de todos os avisos sobre um iminente conflito envolvendo os Munduruku, as autoridades do Estado não tiveram competência para agir e deter os financiadores desses atos, que são os mesmo que destroem o rio Baunilha, rio das Tropas e tantos outros afluentes do Tapajós.

Repudiamos a destruição da sede das associações Wakoborun, Da’uk, Arikico, Movimento IperegAyu e do CIMAT e exigimos que as autoridades investiguem quem orquestrou essa violência. Repudiamos, acima de tudo, os projetos no Congresso Nacional que tentam legalizar o garimpo e a mineração em terras indígenas.

Somos solidárias as associações Munduruku que lutam pelo seu povo, reforçamos nosso compromisso de estar ao lado dos Munduruku, desde que essa aliança foi forjada nos canteiros de Belo Monte contra a destruição do rio Xingu.

Continuemos com nossas canoas enfrentando os bandidos dos rios e florestas da Amazônia, estejam no Xingu ou no Tapajós.

Sawe, Auerê!!!!! Movimento Xingu Vivo para Sempre

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