Funai não libera índia para ir à ONU fazer críticas a Belo Monte

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A Funai (Fundação Nacional do Índio) impediu o afastamento de uma socióloga indígena que iria a um encontro da ONU, no qual criticaria a usina hidrelétrica de Belo Monte, a ser construída no rio Xingu (PA) (Folha de São Paulo, 13.04.2011).

Azelene Kaingáng, filha de indígenas e funcionária da Funai em Chapecó (SC), falaria, nos dias 17 e 19 deste mês, no 10º Fórum Permanente da ONU sobre Questões Indígenas, em Nova York (Estados Unidos). Azelene foi a todas as edições, com as despesas pagas por organizações não governamentais internacionais.

Em todas as outras vezes, a Funai permitiu seu afastamento da função para a viagem. Desta vez, não. Se viajasse sem permissão, ela poderia sofrer processo administrativo e acabar demitida.

À Folha ela criticou a falta de participação indígena no processo de autorização da usina. Para Azelene, sua não liberação foi “um absurdo”.
Em memorando, o órgão se justificou afirmando que mandará outros dois funcionários ao fórum, e que não é do “interesse da administração pública a participação de outros servidores”. Procurada, a Funai reafirmou os argumentos usados no memorando.

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