profecias do fim do mundo
Juiz de Altamira defere ação da Defensoria Pública do Estado que acusa Belo Sun de não ter realizado estudos de impacto sobre população ribeirinha. Decisão inclui obrigatoriedade de realização de consulta livre, previa e informada a comunidades em um raio de 10 km do empreendimento
Territórios
A Frente de Ação Territorial tem a missão de articular e apoiar a organização da população nas áreas e regiões em que trabalhamos territorialmente, incentivando a criação e a formação política dos Núcleos Guardiões do Xingu. Atua prioritariamente junto às comunidades ribeirinhas, pescadoras, indígenas e agricultoras na defesa de direitos, denúncia de violações e na construção dos planos de vida, trabalhando resistências e alternativas produtivas com os Núcleos
Incidência Institucional
A Frente de Incidência Institucional atua prioritariamente com incidência política e participação ativa nos espaços e debates acerca de políticas públicas de interesse ou que atingem o público com o qual trabalhamos. Recebe denúncias de pessoas, comunidades e territórios ameaçados e encaminha os processos junto a órgãos como Defensorias Públicas, Ministérios Públicos, Vara Agrária e outros
Mulheres e juventude
A Frente Mulheres e Juventude tua prioritariamente na organização de mulheres e jovens em Altamira e em outros municípios da Transamazônica; no combate às violências que vitimam as mulheres; no intercâmbio entre mulheres e jovens do campo e da cidade; na articulação dos movimentos de mulheres regional, nacional e internacional; na criação de redes de cuidado e proteção, e na promoção da autonomia econômica.
O rio Xingu, no trecho conhecido como Volta Grande, era um lugar mágico. Lar de centenas de ribeirinhos, pescadores, indígenas e pequenos agricultores, é uma região com uma ecologia única e faz parte das Áreas Prioritárias para Conservação da Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente. Mas acima de tudo, a região tem sido palco de lutas históricas contra abusos e violações de direitos humanos e ambientais, e berço de grandes processos de resistência.
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Cerca de 200 indígenas do rio Xingu, Tapajós e Teles Pires afetados pela construção de usinas hidrelétricas ocuparam nesta quinta-feira, 2, o maior canteiro de obras de Belo Monte, onde trabalham seis mil operários. Os indígenas reivindicam a suspensão das obras e estudos sobre barragens, até que seja regulamentada a consulta prévia aos povos indígenas, e até que eles sejam consultados. Também exigem a retirada das tropas militares de suas terras. Ruy Sposati / Agência RaízesCerca de 200 indígenas do rio Xingu, Tapajós e Teles Pires afetados pela construção de usinas hidrelétricas ocuparam nesta quinta-feira, 2, o maior canteiro de obras de Belo Monte, onde trabalham seis mil operários. Os indígenas reivindicam a suspensão das obras e estudos sobre barragens, até que seja regulamentada a consulta prévia aos povos indígenas, e até que eles sejam consultados. Também exigem a retirada das tropas militares de suas terras. Ruy Sposati / Agência Raízes
Infelizmente, porém, nem toda garra, coragem, revolta e organização do povo do Xingu conseguiram barrar a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, cujo projeto havia sido desenhado na ditadura militar e foi desengavetado e remodelado no início do governo Lula.
Em 2008, já concretamente ameaçados, os povos do Médio e do Alto Xingu realizaram o segundo encontro dos povos contra o barramento do rio, chamado Xingu Vivo para Sempre. E essa articulação foi aos poucos se fortalecendo, conformando o que se tornou o Movimento Xingu Vivo para Sempre.
Na última década, o Xingu Vivo e o povo beiradeiro, com apoio de amigos e aliados locais, nacionais e internacionais, travou uma batalha épica contra a destruição do Xingu e da vida de sua gente. Belo Monte foi construída a um alto preço para o povo brasileiro. Não só porque foi a obra mais cara da história do país – mais de R$ 30 bilhões -, mas também porque o impacto causado, que vitima especialmente os diretamente atingidos mas não só, vai se fazer sentir por muito tempo.
Ao mesmo tempo, a Volta Grande sofre com a ameaça da construção de um complexo ainda mais nocivo: o projeto de mineração Belo Sun, que pretende se instalar na região da Ressaca e ser a maior mina de ouro a céu aberto do país.
Ao povo do Xingu, e ao Movimento Xingu Vivo para Sempre, só resta lutar e resistir.