Nesta quarta, dia internacional de luta contra as barragens, Belo Monte volta a ser pauta em São Paulo. Dando seguimento a uma série de atos de protesto contra a hidrelétrica no Xingu, ativistas de grupos autônomos prepararam uma performance especial para as 16 h na Avenida Paulista, altura do número 460, onde está localizado o prédio da Eletronorte.
De acordo com os organizadores, o protesto será colorido e promete algumas surpresas, mas o objetivo é alertar a população paulistana sobre os grandes riscos que o dinheiro público corre se for liberado o empréstimo de R$ 25 bilhões do BNDES ao projeto de Belo Monte.
“Na verdade, todos nós já estamos pagando Belo Monte desde que o BNDES fez um primeiro empréstimo para a usina com dinheiro do nosso FGTS. Mas eles querem dar muito mais. E ninguém perguntou pra gente se estamos de acordo. Será que se as pessoas fossem consultadas, elas dariam dinheiro pra usina?”, questionam os ativistas.
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Manifestação também em Altamira
Em Altamira,a “casa” de Belo Monte, também haverá uma grande marcha contra os impactos das hidrelétricas. O Movimento Xingu Vivo, em conjunto com o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e o Movimento de Mulheres de Altamira, denunciarão a recente onda de expulsão de agricultores e o alagamento que desalojou cerca de 400 famílias em fevereiro. Também será cobrada a votação do relatório do Conselho de Defesa da Pessoa Humana (CDDPH), que está tramitando junto à Secretaria Especial de Direitos Humanos há quase um ano.
A manifestação começa as 8 h da manhã, com concentração em frente ao Fórum da cidade e participação de militantes da região de Altamira, Brasil Novo, Uruará e Medicilância, além de atingidos de Tucuruí e Itaituba.
Em Porto Alegre, apesar da chuva intensa, um grupo de cerca de 50 pessoas fez manifestação no centro da cidade e entregou uma "carta ao governador", em protesto contra mais barragens no rio Uruguai.
O rio Uruguai com mais 4 hidrelétricas, previstas pelo PAC II, além das 6 já existentes, pereceria, como rio, para sempre…Está na hora da resistência a essa insanidade governamental e do Setor Elétrico.