Lorem Impsum Dolor
O fantasma de Belo Monte volta a assombrar as populações indígenas da região da Volta Grande do rio Xingu, no Pará. Se a hidrelétrica reduziu a vazão do rio e afetou a reprodução dos peixes, agora o receio é que o projeto da mineradora canadense Belo Sun de abrir a maior mina de ouro a céu aberto do Brasil contamine a água, prejudicando ainda mais comunidades que dependem da pesca. Como no caso da usina, os povos indígenas dizem que também não foram consultados sobre o novo empreendimento minerário, denúncia que é corroborada pelo Ministério Público Federal (MPF) e deverá ser julgada na próxima segunda-feira (25).
“Estamos na iminência de mais um empreendimento que não sabemos de onde vem e o que vai acontecer”, afirma à Repórter Brasil Lorena Curuaia, líder da comunidade Iawá, composta por membros dos povos Xipaya e Kuruaya e uma das afetadas pelo projeto Volta Grande, da Belo Sun.
A indígena afirma que sua comunidade já teve a pesca prejudicada por Belo Monte e agora teme novos prejuízos, como o envenenamento da água. Ela também reclama que o apelo dos povos da região para serem ouvidos continua sendo ignorado – mesmo depois de oito anos, quando uma licença prévia do projeto foi concedida à Belo Sun pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) do Pará.