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Pescadores protestam contra Belo Monte e fecham Transamazônica

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Por volta da 21:30 h da noite desta segunda, 12, cerca de 150 pescadores das colônias de pesca de Altamira, Vitória do Xingu, Porto de Moz e Senador José Porfírio iniciaram um grande protesto contra a falta de negociação e indenizações por parte do Consórcio Norte Energia, responsável pela usina de Belo Monte.

De acordo com o presidente da colônia de Porto de Moz, Laercio Farias, na entrada do canteiro de Belo Monte os pescadores foram recebido pela Força Nacional de Segurança, que atirou balas de borracha e gás lacrimogêneo. “Ficou muita gente machucada nas pernas e nos braços. Levamos os feridos para a vila de Belo Monte, perto daqui”.

O repórter da Rede TV de Altamira, Felype Adms, também foi atingido no peito. Em seu faicebook, Adms relata que “uma guarita foi incendiada, pescadores ficaram feridos com tiros de bala de borracha, bombas de efeito moral e gás lacrimogêneos foram lançados para tentar dispersar a multidão. Por duas vezes a Força Nacional recuou e foi apedrejada”. Em retaliação, os manifestantes queimaram quatro ônibus da empresa.

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Desde a manhã desta terça, os pescadores resolveram fechar a rodovia Transamazônica em vários pontos, interrompendo completamente o trafego de automóveis. “Estamos com pescadores em quatro pontos estratégicos de acesso às obras. E vamos ficar por tempo indeterminado, até que um representante do governo e outro da Norte Energia venha aqui negociar conosco”, afirma Farias.

Segundo os pescadores, nenhuma negociação de indenização pela perda de locais de pesca e pela diminuição drástica da produção foi cumprida pelos empreendedores de Belo Monte. “Hoje de manhã um representante da empresa disse que eles só negociariam se a gente saísse daqui. Não aceitamos e vamos ficar até que venham conversar conosco no local do protesto”, explica o presidente da colônia de Porto de Moz, que veio com cerca de 200 homens.

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