“Nossa vida mudou 100% para pior, houve divisão de grupos, uma das piores que já aconteceram, hoje é cada qual por si, era o que a Norte Energia queria, dividir o indígena. Desde o início, a gente disse ‘não’ a Belo Monte. Mas o governo quis, e não houve jeito. Agora, ouvimos que Belo Monte está em crise”
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“Quando eu ia para a ilha, com cinco dias, já vinha embora com nove, dez caixas de isopor cheias de peixes. Ultimamente, íamos para o rio com três caixas e voltávamos com uma só de pescado. Sem barco e sem peixe, estou vivendo de bicos”
Segundo o dossiê, das 8.000 famílias removidas de suas casas, num universo de 40.000 pessoas, só 4% conseguiram novas residências nos Reassentamentos Urbanos Coletivos (RUCs)
Uma multidão de 40.000 pessoas (8.000 famílias) teve de ser removida de suas casas, demolidas para dar lugar à área alagada ou a construções da usina. Esse mundaréu de gente, equivalente à população de cidades como São Loureço (MG), Paraty (RJ) ou ainda como Remanso e Sento Sé (BA)
Em Altamira, Victoria Tauli-Corpuz ouve denúncias sobre planejamento hidrelétrico no rio. “Vocês estão unidos e fortes, e isso vai possibilitar que não permitam que destruam o seu futuro”
Em novembro passado, Antonio Munduruku e Artur Massuda, do Tapajós, e Daniela Silva, do Xingu, representaram, junto com Berta Cáceres, a América Latina no encontro mundial de indígenas em luta contra hidrelétricas em novembro passado