O assédio cada vez mais constante de representantes das empresas do Consorcio Norte Energia, vencedor do leilão de Belo Monte, às comunidades ameaçadas pela usina está assustando ribeirinhos e pequenos agricultores na região de Altamira.
De acordo com denúncias encaminhadas ao Movimento Xingu Vivo para Sempre, funcionários das empresas estão entrando nas propriedades sem autorização, negociando a venda individual de lotes, solicitando e fotografando os documentos da propriedade, e solicitando a assinatura dos moradores para obtenção do aceite para realização de obras nos travessões para instalação de canteiros de obras na região, antes mesmo da emissão da licença de instalação da obra.
Esta situação levou comunitários da Volta Grande do Xingu a solicitar uma reunião com representantes do Grupo de Trabalho sobre Belo Monte da Defensoria Pública, advogados de direitos humanos, professores do Painel de Especialistas sobre impactos da usina, e lideranças do Movimento Xingu Vivo para Sempre, Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e outras organizações sociais, para buscar informações sobre o processo, a obra, os direitos das populações ameaçadas e as medidas cabíveis para impedir a atuação dos funcionários do Consórcio.
A reunião aconteceu dia 15 de outubro, no travessão do km 27, comunidade São Francisco das Chagas, e reuniu cerca de 250 representantes e lideranças das comunidades ameaçadas.
O encontro também pretende dar prosseguimento a um processo de organização regional, iniciado em setembro a partir de uma reunião com o Ministério