Representantes de organizações sociais, sindicais e estudantis brasileiras entregaram hoje ao presidente da Câmera de Deputados, Marco Maia, uma carta com suas reivindicações em diversas áreas (Prensa Latina, 24.08.2011) .
Mudanças na política econômica oficial, recursos para programas sanitários e a reforma agrária, bem como destinar 10 por cento do Produto Interno Bruto à educação, ressaltam entre as demandas dos integrantes de vários agrupamentos participantes na Jornada Nacional de Lutas.
Realizada durante esta semana em mais de 20 estados deste enorme país, as manifestações são organizadas pela Coordenação Nacional de Lutas, o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), a Via Camponesa e a Assembléia Nacional de Estudantes Livres, entre outras.
Estimados extra-oficiais indicam que uns 15 mil integrantes desses agrupamentos marcharam hoje pelas principais avenidas desta capital e se concentraram na Esplanada dos Ministérios, especificamente em frente à sede do Congresso Nacional.
Por outro lado, nesta terça-feira, uns cinco mil membros do MST ocuparam os acessos do Ministério de Fazenda a fim de exigir uma solução a dívida de uns 30 mil milhões de reais (uns 19 mil milhões de dólares) dos pequenos agricultores, bem como a entrega de terras a umas 60 mil famílias.
Os demandantes reuniram-se com o ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, e receberam a garantia de que suas reivindicações seriam analisadas pelo governo, com uma possível resposta para a sexta-feira próxima, quando deve concluir a Jornada Nacional de Lutas.
A assessoria da Secretaria Geral da Presidência revelou que o único ponto da carta de demandas que foi recusado pelo governo é o referido à paralisação das obras da hidrelétrica Belo Monte, considerada estratégica para o desenvolvimento do Brasil.
Pese a isso, o coordenador do Movimento de Pequenos Agricultores, Plinio Simas, assinalou que até receber uma resposta concreta do governo continuarão os protestos de rua e em centrais espaços dos mais de 20 estados onde realizam mobilizações desde esta segunda-feira.
Do mesmo jeito, o coordenador nacional do MST, José Valdir Misnerovicz, indicou à imprensa local que o governo reconheceu que suas reivindicações são justas e por isso espera agora propostas de recursos para aumentar a entrega de terras, bem como um plano emergente para resolver a dívida dos filiados a sua organização.