Sob chuva, mais de mil protestam contra Belo Monte em SP

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Apesar da chuva que, desde a madrugada, acinzentou São Paulo neste sábado, 20, cerca de mil manifestantes tomaram a Avenida Paulista a parti das 14:30 para protestar contra a hidrelétrica de Belo Monte, no Pará.

Quarto ato contra a usina a ser realizado na capital paulista, a manifestação deste sábado fez parte do Dia Nacional de Luta contra Belo Monte, convocado de forma descentralizada por ativistas e movimentos autônomos em cerca de 15 cidades.

De acordo com os organizadores do evento em São Paulo, a mobilização contra a usina, que se assemelhou a outros protestos pelo mundo, como os ocorridos na Espanha (dos “indignados”), foi um recado claro para o governo federal: a população brasileira não aceita a imposição de projetos de alto impacto social e ambiental, não aceita que decisões sejam tomadas à revelia dos interesses sociais e das legislações nacionais, e quer ter o direito de opinar sobre que tipo de desenvolvimento o pais precisa e deve adotar.

 

Cantando na chuva

Apos uma concentração de quase uma hora no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (MASP), a marcha partiu pela avenida Paulista, ocupando duas faixas da pista em direção à Consolação.  Nos cartazes, um dos principais alvos foi a presidente Dilma, mas vários manifestantes também exigiram de seus bancos, como Itaú, Bradesco e Santander, que não participassem do financiamento de Belo Monte.

 

Os caciques kayapó Megaron Tchucarramãe e Yabuti Kayapó – duas das principais lideranças da luta contra as hidrelétricas no rio Xingu -,  representantes de várias etnias e dezenas de guaranis da Grande São Paulo compuseram a comissão de frente. Um boneco de palha, simbolizando a presidente Dilma Rousseff, foi repetidamente malhado durante a marcha, sendo queimado posteriormente no momento em que a marcha ocupou todo a avenida e os indígenas fizeram várias danças cerimoniais.

Por volta das 16 h, a garoa leve que caiu durante toda a tarde se transformou em chuva forte, mas a marcha prosseguiu pela rua Haddok Lobo, uma travessa da Paulista, rumo à sede do Ibama em São Paulo.

Acenando e brincando com fregueses de restaurantes e cafés, moradores dos prédios de alto padrão e clientes de salões de beleza, os manifestantes seguiram cantando palavras de ordem e chamando a população para a marcha.

Por fim, à frente da do Ibama, os manifestantes exigiram a imediata demissão do presidente do órgão, Curt Trennepohl, que afirmou a uma jornalista australiana que trataria os índios brasileiros como foram tratados os aborígines australianos, vitimas de genocídio em seu país.

Outro boneco, de terno e gravata,  simbolizando Trennenpohl, foi incendiado sob vaias. Feito mula sem cabeça, a carcaça ardeu, soltando fogo pelo colarinho.

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Comments (5)

Devemos nos mobilizar ainda mais, e tirar a população de seu conforto, já que a mídia ainda não está nos dando os devidos ouvidos, da próxima vamos ocupar a paulista ou melhor a marginal……quem sabe com um congestionamento gigantesco eles não dem mais atenção em suas manchetes, já que parece que a festa de rodeio de barretos é mais manchete.

O Brasil diz não a este projeto de desenvolvimento facínora. Energia limpa e renovável, Já! Belo Monte, não!

Quando vamos fazer outra? Sugiro manifestações semanais, senão não vamos conseguir reverter esse quadro. Fizemos bastante barulho, apesar da chuva a passeata foi linda, mas temos que fazer mais!!! Força gente!

Gostaria de fazer uma passeata em minha cidade (Araras -SP).
Por gentileza, poderiam me dar algumas dicas!?

Bora pessoal, vamos agir urgente de maneira inteligente.

Belo monte NÃO
Xingu SIM

Queria muito ter ido, façam outro por favor… na próxima garanto mais um cartaz entre todos!

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