Entidades favoráveis a Belo Monte se negam a assinar PDRS do Xingu

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O Fórum Regional de Desenvolvimento Regional Sustentável da Transamazônica e Xingu (FORT Xingu) não participou da solenidade de assinatura do Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável do Xingu (PDRS), lançado pelo presidente Lula nesta quinta-feira, em Belém ( CIMI/Amazônia.org , 18.10.2010) O FORT Xingu, que reúne cerca de 180 entidades da sociedade civil dos 11 municípios atingidos pela usina de Belo Monte, é a principal entidade de defesa da implantação da usina, mas tece duras críticas à forma como o PDRS foi discutido e finalizado pelos governos estadual e federal.

Em ofício encaminhado ao governo estadual, o presidente do Fórum, Vilmar Soares, diz que a sociedade civil não concorda com a forma que foi conduzido e elaborado o PDRS Xingu, e por isso mesmo o FORT Xingu não se faria presente ao evento em Belém.  “Constatamos que a relação entre o discurso e a prática está longe de uma sintonia harmônica que contribua positivamente para atender as necessidades sociais”, critica Vilmar.

Para a entidade, o plano de desenvolvimento foi realizado de maneira incoerente e as ações governamentais no que tange ao mesmo estão fragmentadas e verticalizadas.  “Portanto, a não observância de alguns critérios previamente acordados será transformada em prejuízos irreparáveis para nossa região”, diz Vilmar no ofício, acrescentando que diante de tais fatos não existe nenhum motivo para a entidade se fazer presente no evento de lançamento do plano.

O Plano – O PDRS do Xingu foi um documento elaborado com o objetivo de planejar uma série de ações que promovam o desenvolvimento sustentável da região e sirva também para compensar os impactos sócio-econômicos da construção da usina de Belo Monte.  Mas as entidades da sociedade civil alegam que foram excluídas do processo de discussão e que não tiveram as suas reivindicações atingidas.

O PDRS prevê ações de regularização fundiária, licenciamento ambiental, capacitação, ampliação de escolas e universidades e um plano de transportes rodoviário e hidroviário, para preparar a região para os grandes impactos da construção da hidrelétrica.  O maior problema é que da forma como foi concebido, o PDRS se tornou uma grande carta de intenções, sem s e objetivos claros e de difícil acompanhamento por parte da sociedade civil da região.

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