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Perguntas frequentes

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Quais municípios estão na área de influência da usina?

Altamira, Anapu, Brasil Novo, Gurupá, Medicilândia, Pacajá, Placas, Porto de Moz, Senador José Porfírio, Uruará e Vitória do Xingu foram os municípios definidos pela Eletronorte como a área de abrangência da hidrelétrica de Belo Monte.

Estes municípios perfazem uma área total de mais de mais de 25 milhões de hectares, correspondendo a cerca de 20% do estado do Pará. Cerca de 70% desta área é constituída de unidades de gestão especial: unidades de conservação, terras indígenas, terras quilombolas e áreas militares.Mais de 300 mil pessoas vivem na região, que tem como elementos integradores a rodovia Transamazônica e o rio Xingu. Altamira é o maior centro urbano local, com mais de 70 mil habitantes.

Qual é a área alagada pela usina de Belo Monte?

Conforme os últimos ajustes no projeto da hidrelétrica, os empreendedores estimam que a usina provoca o alagamento de cerca de 640 Km2 (área maior que a cidade de Curitiba, com seus 435 Km2). De acordo com o Estudo de Impacto Ambiental do projeto, uma superfície territorial de 486,54 ha no perímetro urbano de Altamira será alagada e/ou desocupada por razão de segurança. Esta área abrange 12 bairros diferentes (cerca de 50% do total de bairros de Altamira).

Na área rural, estão incluídas mais de 10 localidades , em sua maioria situadas nos travessões da Transamazônica, constituídos a partir da colonização oficial dos anos 1970. Aí se encontram 18 escolas, de ensino fundamental e médio; 4 postos de saúde; 22 igrejas; cemitérios; centros comunitários; sedes de associações rurais; oficinas;  estabelecimentos de beneficiamento de produção agrícola e extrativista (arroz, farinha, café, castanha-do-pará, açaí, cupuaçu, madeira); estabelecimentos comerciais diversos e de serviços de lazer e turismo. Trata-se, sobretudo, de uma ocupação organizada em torno de atividades agropecuárias, pesca, extrativismo vegetal e mineral.

Parte do Xingu seca?

No trecho de 100 km entre Pimental e Belo Monte os níveis da água do rio Xingu e do lençol freático baixarão como conseqüência da redução das vazões. Por isso é chamado Trecho de Vazão Reduzida (TVR). A queda dos níveis ocorre também no trecho final de vários tributários incluindo o rio Bacajá, principal tributário do Xingu no TVR.

Vários impactos biológicos e sociais têm sido associados com a redução dos níveis da água, como os problemas para a navegação e os efeitos sobre a Floresta Aluvial em toda a área afetada pelo rebaixamento do lençol freático, incluindo o território indígena dos índios Xikrin, Juruna e Arara da Volta Grande. Nesta área, foram computados 17.342 ha de vegetação dos pedrais e de 18.664 ha de florestas aluviais (sendo que partes dessas florestas encontram-se associadas com florestas de terra firme).

Quantas pessoas foram afetadas pela hidrelétrica?

Além dos mais de 300 mil habitantes dos municípios de Altamira, Senador José Porfírio, Porto de Moz, Anapu, Vitória do Xingu, Medicilância, Gurupá, Brasil Novo, Placas, Uruará e Pacajá, das 14 milpessoas que vivem nas Resex do Rio Iriri, Riozinnho do Anfrísio, Verde para Sempre e Médio Xingu, e das 21 comunidades quilombolas da região, pescadores, pequenos agricultores, garimpeiros e outros que são afetados pela usina.

De acordo com o projeto inicial da obra, cerca de 20 mil pessoas foram desalojadas de suas terras e casas, mas o número pode chegar a 40 mil pessoas, de acordo com especialistas que acompanham o projeto.

Quantas terras indígenas são afetadas por Belo Monte?

A Bacia do Xingu é habitada por 24 etnias que ocupam 30 Terras Indígenas (TIs), 12 no Mato Grosso e 18 no Pará. Todas estas populações foram direta ou indiretamente afetadas à medida que o Xingu e sua fauna e flora, além do seu entorno, são alterados pela usina. Na região de influência direta da usina, tsão diretamente impactadas: a TI Paquiçamba, dos índios Juruna, e a área dos Arara da Volta Grande, que se situam no trecho de 100 km do rio que teve sua vazão drasticamente reduzida.

Já a área indígena Juruna do KM 17 fica às margens da rodovia PA 415, e foi fortemente impactada pelo aumento do tráfego na estrada e pela presença de um dos canteiro de obras. Por outro lado, as TIs Trincheira Bacajá, Koatinemo, Arara, Kararaô, Cachoeira Seca, Arawete e Apyterewa, Xipaya e Kuruaya também sofrem impactos como escassez de pesca, pressão de desmatamento, pressão da migração de não-índios, pressão fundiária, epidemias como dengue e malária, entre outros.

Segundo o governo, há ainda registros de grupos indígenas isolados em três áreas do Xingu: na Terra do Meio, entre os rios Iriri e Xingu e a Transamazônica; entre os rios Iriri e Curuá e daí até a Br-163; e na Bacia do rio Bacajá. Tratam-se de grupos que vêm sendo pressionados pelo avanço da ocupação da região.

Qual é a produção de energia de Belo Monte?

Belo Monte terá uma capacidade instalada de 11 mil MW de energia, mas, devido à sazonalidade do rio Xingu, este volume só é produzido durante quatro meses ao ano. A energia firme (média anual da energia a ser produzida )é de apenas  4,5 mil MW, cerca de 40% de sua potência (em setembro, quando a seca do rio atinge seu auge, a energia produzida não passa de cerca de 1,8 mil MW, por exemplo). Isso qualifica a hidrelétrica como um dos projetos com menor eficiência energética do país.

Qual é a destinação da energia de Belo Monte?

Do total de energia produzido pela usina, nos próximos 35 anos, por determinação do governo, 80% abasteceriam a rede nacional e seriam vendidos pelas distribuidoras de energia no mercado cativo (consumidores em geral). Os 20% restantes pertenceriam ao Consórcio Norte Energia para serem consumidos por seus sócios, ou destinados ao mercado livre, composta majoritariamente por empresas eletrointensivas.

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Comments (13)

Diante de tudo o que se tem visto e discutido, temos vários motivos para nos posicionar contra a construção de Belo Monte de Violências. Primeiro dizer que todos nós de forma direta ou indiretamente, vamos ser atingidos. Segundo é que a construção dessa hidrelétrica, não foi bem discutida com as pessoas que vão ser atingidas diretamente que são as diversas etinias e os ribeirinhos. Terceiro, na verdade a construção de Belo Monte, vai servir apenas para satisfazer apenas o sistema capitalista que está na ordem. E em especial no Pará, exatamente para fornecer as indústrias mineradoras e outras que estão se instalando no território, sem se importar com a pobreza e a desgraça que já se instalou na região do Xingú. Por isso não a Belo Monte e Sim aos Rios Vivos da Amazônia e Sim as diversas etínias que são os verdadeiros donos da área.

É um absurdo, que EIA RIMA o que? Meu DEUS, não é floresta que precisa de nós, somos nós que precisamos da floresta. Vamos pensar, o que estão fazendo?

Temos q respeitar o pouco q resta dos nossos nativos, eles merecem respeito por que respeitam a natureza e seus habitantes, coisas q muitos de nos nao fazemos. Preservar o pouco q resta é o minimo q este pais deveria fazer, a europa é exemplo q no final das contas, a exploraçao inconsequente traz sim consequencias muito piores do q a ignorancia de certos governantes pode prever!Esta na hora de a gente abrir os olhos e se preocupar de verdade com o q ainda sobra da nossa terra, equilibrar a economia nao significa ignorar os direitos humanos e nem passar em cima da natureza a qualquer custo. Equlibrio significa harmonia!

è isso aí José Monteiro, Maria Paula e Elizabeth – concordo com voces plenamente.

Por favor…¿listado de empresas participantes?
O brigado.

3- Se está obra contempla a perspectiva mecanicista ou holística dos fenômenos socioambientais:
USINA BELO MONTE

concordo com o José Monteiro,Ana Paula e Elizabeth,temos que nos unir e impedir .

Eu até então não tinha dado a devida atenção a essa questão do Xingu,mas lendo esses artigos,começo a perceber o quão ‘nojento” os interesses capitalista poder ser. Cara além claro do meio ambiente que é nosso e nós que somos dele,tem a questão das pessoas,dos seres humanos que são iguais a esses mesquinhos que querem a implantação dessa Usina,que não vai beneficiar a ninguém de fato. E outra questão que realmente me chamou atenção e que na faculdade a gnt aprende que sem cumprir as condicionantes de uma LP,nem um empreendimento pode ter uma LI e jamais uma LO. Então eu me pergunto,pra que se cria uma leia de regulamentação para a sociedade civil,mas que não se aplica as questões governamentais?

Desde egora e até onde eu puder agir, meus esforços serão todos voltados a essa questão. Essa Usina não vai vingar,não é justa com o meio ambinte e principalmente com a população. #FORABELOMONTE

Mariana de Araújo

E seu Sebastião, já o encontraram? Me falaram que ele havia desaparecido? Eu não sabia! Se puderem ou tiverem a informação, me falem. Meu coração doeu quando eu vi a reportagem dele.Obrigada.

Totalmente contra essa hidrelétrica, estamos em crescimento e evolução, o BRASIL está acordando, e isso também tem que fazer parte das manifestações, com isso TODA ESSA JUVENTUDE que reivindica por passe livre, deve por a boca na rua e reivindicar pelo nosso maior patrimônio, a NOSSA FLORESTA.

Ínfelizmente Belo Monte está sendo construida apenas para satisfazer as multinacionais, no sentido da exploração dos seres humanos e da terra e de todo um ambiente muito bem organizado. Na verdade isso vai encarecer mais a energia que já está sendo gerada e que ainda será gerada.O povo Paraense pagará todo esse investimento maluco que está sendo feito, a propósito já estamos sentindo os efeitos a partir da instalação de medidores eletrônicos pela Celpa, com tarifas diferenciadas nas cores verde, amarelo e vermelho. Essa medida aprovada pela Anel, aumentará em R$-15,00 para cada mil KWH, quando a bandeirada atingir a cor amarela e R$-30,00 quando atingir a vermelha. MAIS A PERGUNTA É A SEGUINTE: a quem interessa a construção de barragens no Pará?

Eu acho que nós brasileiros, devemos fazer uma frente pró-Energia Solar e Eólica, no sentido de que o Governo brasileiro faça investimento desse setor, ai sim acredito em respeito a Natureza o Ser Humano e todo o Ambiente em torno de nós. Passo Acreditar em energia limpa e barata. E´preciso coragem para mudar. A Europa está sendo um bom exemplo, construindo usinas de energia solar(Itália)e até busão (Japão), sendo movido pelo Sol. Porque nós não? Se temos um aquecedor natural limpo e barato a vontade. Que tal esses 30 bilhões aplicados em construção de usinas solar e eólica?

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